ATUALIZADO
TODAS AS SECAS REGISTRADAS NO POLÍGONO DAS SECAS NO SEMIÁRIDO DO NORDESTE DO BRASIL.
Autor: Dr.Natalicio de Melo
SECA ENQUANTO PROBLEMA
(Texto de autoria de Manoel Correia de Andrade -As secas em Pernambuco, Atlas de Pernambuco.2003.)
O problema das secas no Nordeste
As secas têm tido, historicamente, grande influência em todos os aspectos da vida do Nordeste.
Embora elas aconteçam com maior intensidade no Semiárido e, em seguida, no Agreste, todas as
regiões acabam sendo afetadas.
Na verdade, os rios sertanejos por sua condição exorreicas drenam para a região litorânea se
originam quase sempre no sertão. Há uma diferença enorme entre a “seca no Nordeste” e
“seca no Semiárido” são escalas espaciais diferentes, na realidades as secas ocorrem no semiárido.
O semiárido brasileiro é uma região definida na lei federal nº 7 827, de 27 de setembro de 1989 e delimitada pelo Ministério da Integração Nacional. Sabendo que há uma diferença entre as duas regiões,
conforme explicitado acima.
As secas ocorrem no semiárido que encontra-se inserido na Região Nordeste,logo as secas ocorrem especificamente no semiárido.
Antes do adensamento da ocupação humana no interior da
região, que começou em meados do século XVI, não havia grandes problemas, porque o ecossistema
predominante, a Caatinga, era adaptado ao clima e suas variações periódicas. Somente nos casos de
secas extremas, as antigas e esparsas populações indígenas eram atingidas e migravam em direção
ao litoral, conforme informam cronistas dos primeiros anos da colonização portuguesa. Contudo,
depois que os colonizadores penetraram o sertão e começaram a modificar a paisagem, com o
estabelecimento de fazendas e com desmatamentos para a criação de gado e para a produção de
alimentos, aumentou muito a vulnerabilidade às secas.
Ao longo da história, foram registradas várias grandes secas. A maior de todas, em 1877-79, dizimou
metade da população e quase todo o rebanho bovino. Antes disso, outras grandes secas registradas
causaram grandes impactos, coincidindo com o aumento da densidade de ocupação dos
colonizadores no interior nordestino. Depois de 1877, outras grandes secas se seguiram: 1900, 1915,
1919, 1932, 1958, 1979-83, 1987, 1990, 1992-93, 1997-98, 2002-03, 2010-1015, para citar algumas das principais.
A cima observa-se os reflexos da continua seca e como afetou levou a colapso a barragem do Ipojuca. A imagem de satélite foi obtida do google earth elucidando as condições hídricas da barragem Pedro Moura que represa o rio Ipojuca.O ano é 2016. Em baixo a mesma barragem no período de cheia. Observe-se que a mata do tipo Caatinga foi bastante desmatada em seu entono o que contribui para a eficiência do processo de evapotranspiração. A capacidade da barragem é de 64 milhões de metros cúbicos e é administrado pela COMPESA - Companhia de águas de Pernambuco. A seca atual em belo Jardim já dura seis anos, a ultima cheia que encheu essa barragem foi em 2010 e a mesma secou totalmente em junho de 2006.
TODAS AS 130 SECAS
ORIGEM DO DADOS *
Os dados quantitativos referentes as 130 secas registradas no semiárido do nordeste do Brasil até o Século XXI deriva de informações diversas. Os primeiro registros ocorrem no seculo XVI e são os mais antigos registros e advém de dados do Padre João de Azpilcuetta Navarro e Fernão padres da Companhia de Jesus. Por sua vez os registros no Século XVII de Joaquim Alves; no Séculos XVIII temos contribuições de Tomaz de Souza, Joaquim Alves, Euclides da Cunha conhecido autor do livro os Sertões, e o Limério Moreira da Rocha autor do livro Russas. No Século XIX os mesmos que registraram as secas do Século XVIII se repetem, e soma-se aos registros de José Ramalho Alarcon, mas. No Século XX e XXI era moderna aparecem os registro do Instituto de Meteorologia -INMET, CGDE, SUDENE e DNOCS.
O PROBLEMA DOS DADOS
Os dados trazem problemas, porque em embora numericamente expressivo, são apenas números que apenas contabiliza o total, mas é uma informação que peca por falta de informações que elucide sua real abrangência espacial, números de cidades atingidas
O PROBLEMA DA ESCALA ESPACIAL
O polígono das secas hoje abrange 1.348 municípios situados nos Estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, compreendendo grande parte do sertão e agreste do Nordeste brasileiro onde a seca se estabelece etc. Entretanto a quantidade de município e área nem sempre foi o mesmo. Sua área sempre foi balizada por decretos e leis de regulamentação o que dificulta o estudo. Criado por uma lei, de 13 de setembro de 1946 e após diversas alterações nos anos 1951, 63, 65, 68, 97. Em 2005, a nova Nova Delimitação do Semi-árido Brasileiro ampliou os critérios de inclusão dos municípios, por considerar insuficiente apenas o índice pluviométrio. Atualmente os critérios que delimita o semiárido são:
1.precipitação pluviométrica média anual inferior a 800 milímetros;
2.índice de aridez de até 0,5 calculado pelo balanço hídrico que relaciona as precipitações e a evapotranspiração potencial, no período entre 1961 e 1990;
3.risco de seca maior que 60%, tomando-se por base o período entre 1970 e 1990.
Foram então incluídos 317 municípios, além dos 1.031 anteriores. A área do semi-árido passou a ser 969.589,4 quilômetros quadrados, sendo o maior aumento registrado em Minas Gerais: 51,7% do estado passarama a integrar o semi-áridoua distribuição aleatória impossibilita entender a verdadeira dimensão temporal e espacial de como cada uma das secas ocorreram.
O objetivo desse artigo é apenas agrupar, manter os registros e
sistematizar sua cronologia, sua fontes, e a contagem de dados para
dar suporte a outros pesquisadores. Não pretende-se explicar as causas,
muito menos as políticas de convivência com a seca, etc. É possível
observar que em alguns parágrafos há breves comentário de relatos como
objetivo de dar uma sequencia ao tópico do artigo. Embora os dados dessa pesquisa seja verdadeiros, os seus registros foram coletados em livros, artigos da internet, órgão de governo, DNOCS, SUDENE, etc, mas limita-se a informação do ano em que a seca ocorreu e que foi considerado pelas agencia do estado como seca, mas carece de informação que mostre a real dimensão espacial e temporal exata de cada uma das secas, entretanto todas as secas tem uma localização espacial dentro do Poligono da Seca.
A totalidade das secas registradas até o ano de 2017 é de 130 secas, e numericamente tem a seguinte representação numérica:
Século XV 5 secas é o século com menos registros;
Século XVI 9 secas é o melhor século e mais chuvoso;
Século XVII 38 secas é o inicio do século mais seco até então registrado;
Século XIX 23 secas é o século marcado pela diminuição do períodos de secas;
Século XX 42 secas veio a se tornar o pior século em termos de registros de secas;
Século XXI 14 secas tudo leva a crer que vai ser séculos mais secos da historia, em 15 anos.
A QUESTÃO DO INTERREGNO DOS LIVRO OS SERTÕES (Euclides da Cunha).
Fonte: abcdo abc.com.2015
Euclides da Cunha
(1866-1909), brasileiro, engenheiro, militar, físico, naturalista, jornalista, geólogo, geógrafo,
botânico, zoólogo, hidrógrafo, historiador, sociólogo, professor, filósofo,
poeta, romancista, ensaísta e escritor. No seu livro que se tornou clássico
denominado Os Sertões publicado em 1902, relata a Guerra de Canudos, no
interior da Bahia. Euclides da Cunha presenciou uma parte desta guerra como
correspondente do jornal O Estado de S. Paulo.
Em um sub-tópico denominado As Secas relata registros de secas nos anos de 1723-1727, 1736-1737, 1744-1745. 1777-1778, 1808-1809, 1824-1825, 1835-1837, 1844-1845 e finalmente 1845-1877.
Ao relatar esses registros do fenômeno seca tipico das região semiárida do sertão nordestino, afirma que houve dois grandes períodos de ausência de seca, condições climáticas atípica da região que haveria chuvas normais e que o mesmo denomina de interregno. Cita que os tais interregno ocorreram em dois etapas distantes na temporalidade, e que os dois são muitos coincidentes em tempos de duração ambos com 32 anos, são os casos do primeiro que ocorreu no século XVIII, se iniciando no ano de 1745 e termino no ano de 1777. Quanto ao segundo interregno citado pelo mesmo autor afirma que teve a mesma duração e se iniciou coincidentemente cem anos depois, começando no ano de 1845 e findou em 1977.
CONTRADIÇÕES
Porém há contradições no primeiro interregno nos registros das secas quando se compara com outros autores, observe na Tabela 3 que durante esse primeiro interregno de 1745-1777, há registros de 10 anos de seca. Por sua vez o segundo interregno os registro são mais compatíveis, embora haja um registro de uma seca em 1946, desse modo o segundo interregno teria durando apenas 31 sem ocorrência de seca.
O POLÍGONO DA SECA
Na região Nordeste a região do semiárido onde ocorre as secas é denominada de polígono da seca , criada em 1951 pelo governo federal para coordenar ações de convivência com as secas e diminuir seus efeitos sobre a população do semiárido. Esse recorte compreende partes de quase todos estados da região, sendo exceção o estado do Maranhão, por possuir uma maior regularidade de chuvas, tendo em vista sua aproximação com a região norte especificamente a Floresta Tropical Amazoniana, o que diferencia em relação aos outros estados do Nordeste, mas a parte mais a Leste e fronteiriça com o estado Piaui encontra-se sujeita a períodos de seca. Também influi-se nas secas a parte norte do estado das Minas Gerais. Inicialmente o Polígono abrange cerca de 950 mil km², estendendo-se basicamente pelas áreas de clima semiárido.
Em 10 de março de 2005, o Ministro da Integração Nacional assinou, na cidade de Almenara, no nordeste de Minas Gerais, Portaria que instituiu a nova delimitação do semi-árido brasileiro, resultante do trabalho do GTI que atualizou os critérios de seleção e os municípios que passam a fazer parte dessa região. É um
polígono irregular, delimitado pelo IBGE por três índices, o Índice de Aridez de Thorntwait, e as Isoietas de 800 mm, e o Risco de Seca.
Nas áreas centrais do polígono irregular especificamente nos sertões existe um espaço, denominado de “miolão semi-árido”, (Carvalho, 1988) onde as secas são mais intensas, ali ocorrendo com freqüência entre 81 e 100%. Esse recorte espacial dispõe de uma variabilidade climática extremamente acentuada. Trata-se do coração do semi-árido. É o espaço em forma de “ferradura” onde a ausência de chuvas é determinada pelo deslocamento rumo ao Norte da ZCIT.
Entretanto, após a ocorrência de grandes secas, a área do Polígono foi ampliada, alcançando parte do estado de Minas Gerais, também atingido pelas estiagens. Quando ocorrem períodos prolongados de estiagem, a maior parte da população sertaneja enfrenta muitas dificuldades por causa da falta de água. Diversos órgãos do governo são responsáveis pelo combate às secas, especialmente o Departamento Nacional de Obras contra as Secas (DNOCS), que coordena programas de irrigação, construção de poços artesianos e açudes, bem como a formação de frentes de trabalho, entre outras funções, visando amenizar os problemas da população, fato que ainda hoje não se concretizou.
Quais as causas da seca?
As causas das secas são climáticas. O clima do Nordeste é muito influenciado pelo fenômeno El
Niño e pelas temperaturas da superfície do Oceano Atlântico. Além disso, também sofre influência
de frentes frias que vêm do sul e de ventos que trazem umidade do Atlântico. Em geral, secas estão
associadas ao fenômeno El Niño, o que resulta, em geral, em precipitações menores do que a média
histórica na região semiárida, que é de cerca de 800 mm por ano.
Apesar de uma precipitação anual
média relativamente alta, ela é concentrada em poucos meses do ano. Além disso, os níveis de
evapotranspiração ultrapassam os 2 mil milímetros por ano. Isto, associado aos solos rasos sobre
uma base cristalina em grande parte do Semiárido, resulta em rios intermitentes. Nos casos de seca
extrema, a queda na precipitação é superior a 50%.
Como a região semiárida é uma região de fronteira climática, qualquer redução em relação à média
pode provocar grandes impactos. Antes o ecossistema, intocado pela ação humana, era resiliente
e adaptado a essas variações. A nova situação, que se criou com a ocupação, com a interferência
humana no uso da terra, tornou a região mais vulnerável.
Uma seca significa falta de água para a
agricultura, para o consumo humano, para os animais domésticos e selvagens. Os impactos também
são econômicos (com a perda da safra agrícola e com a mortandade de animais), sociais (com o
aumento do desemprego e a fome e, em casos extremos, com a morte de pessoas, que muitas vezes
buscam emigrar na esperança de encontrar lugares melhores) e ambientais (com a mortandade
de animais silvestres, a exaustão de fontes de água, a degradação ambiental e a desertificação,
especialmente onde antes houve interferência humana com o desmatamento para diversos fins).
O problema é que, na história do Nordeste e do Semiárido, particularmente, o problema da seca é
esquecido quando o fenômeno passa. As pessoas voltam a povoar o Sertão, a aumentar o uso do
solo para a pecuária, a agricultura e a extração de lenha. A produção agrícola aumenta e o problema
da seca é esquecido, até que nova seca se estabeleça e comece tudo de novo. Acontece aqui o
que se convencionou chamar de “ciclo hidro-ilógico”, uma expressão criada pelo Professor Donald
Wilhite, da Universidade de Nebraska (WILHITE et al, 2005). Na verdade, a seca e a semiaridez são
componentes permanentes do cenário do interior do Nordeste. São as atividades humanas que
precisam se adaptar às condições do Semiárido, e não o contrário.
Justificativas
Na escala maior:
1.ODP – Oscilação Decadal do Pacífico
Na escala regional:
1) Antrópico:Desmatamento da floresta amazonas;
3) Climático: Efeito Continentalidades;
4) Climático:Baixos índices pluviométricos;
5) Climático: Massas de ar tépida do Kalahari, etc.(Autor: Lucivanio Jatobá)
6) Climático: Efeito da Célula de Walker;
7) Climático: Déficit hídrico;
8) Climático: Alto índice de evaporação;
9) Climático Precipitação pluvial espacial aleatória;
10) Climática: Drenagem hídrica intermitente;
12) Geomorfológico:Domínios de relevo em depressões inter-planáltico;
13) Geomorfológico: Drenagem exorreica dos rios;
14) Geomorfológico: Presenças de grandes áreas de barlaventos;
Citando alguns exemplos:
OSCILAÇÃO DECADAL DO PACÍFICO (ODP)
A ODP – Oscilação Decadal do Pacífico – é um fenômeno
climático de caráter cíclico em que se afirma sua influencia diretamente as transformações
climáticas da Terra e que por sua dimensão tem uma importante relação com o fenômeno seca no semiárido nordestino. Entretanto, ao analisar sua aplicação da ODC como os dados dos registros das secas aqui coletados, não há uma exatidão no cruzamentos das Oscilações com os fenômenos seca, embora apresente uma tendencia décadal considerada.
A Oscilação Decadal do Pacífico ou simplesmente ODP é um
fenômeno climático responsável por mudanças climáticas duradouras. Se assemelha
ao El Niño e La Niña, mas enquanto estes duram até 18 meses, o ODP pode durar
até 20 anos. A oscilação é marcada por duas fases bem definidas. A chamada ODP
positiva, traz a seca, enquanto a ODP negativa aumenta a umidade e gera a
ocorrência de chuvas. Atualmente, vivemos uma ODP positiva. Oscilação Decadal do Pacífico (ODP) é um fenômeno associado
à variabilidade climática do Oceano Pacífico, podendo também ser definida, como
o fenômeno que descreve o comportamento térmico médio das águas do Pacífico,
para períodos que vão de 20 a 30 anos.O clima do planeta é cíclico, estando em permanente
evolução. Há os ciclos curtos de anos como o El Niño e a La Niña, os médios de
décadas como a ODP, e os muito longos de séculos provocados pela atividade
solar.
O El Niño caracteriza-se por águas superficiais mais quentes
que a média no Pacífico Equatorial, enquanto a La Niña por águas mais frias que
a média histórica. O El Niño produz chuva e temperatura acima da média para o
sul do Brasil, e seca no nordeste. Já a La Niña está associada a secas e anos
mais frios no sul e chuva acima do normal no nordeste. Por sua vez, a ODP
caracteriza-se por uma tendência do comportamento da temperatura das águas do
Pacífico. E está assim representada:
Oscilação Decadal do Pacífico (ODP) (Negativa) => maior
número de episódios de La Niñas que tendem a ser mais intensas. Menor
frequência de El Niños que tendem a ser curtos e rápidos.
Dessa forma, quando a ODP está positiva, ocorre um período
de 20 a 30 anos em que há mais anos secos que chuvosos no semiárido nordestino.
No entanto, quando a ODP está negativa, ocorre o contrário, ou seja, um período
de 20 a 30 anos em que há mais anos chuvosos que secos no semiárido. Assim, por
exemplo, de 1950 a 1976 a ODP esteve negativa, período em que houveram várias
La Niñas fortes, o que resultou em anos muito chuvosos no nordeste do Brasil
como nas décadas de 60 e 70.
Já nos anos 80 até aproximadamente 1999, a ODP
apresentou-se positiva, foi justamente quando ocorreram os dois El Niños mais
fortes do século passado (1983 e 1998), estes coincidiram com as duas secas
mais terríveis que acometeram o semiárido. Além desses dois anos muito secos,
ocorreram secas violentas também em 1980, 1981, 1982 e 1990. Como a ODP é um
fenômeno cíclico, ocorre uma alternância em sua natureza, assim após uma ODP
positiva, ocorre uma ODP negativa, e vice-versa. Nessa ótica, pode-se afirmar
que a partir do ano 2000, a ODP tornou-se novamente negativa, prova disso, é
que do citado ano até 2010, não ocorreu nenhuma seca forte no semiárido, apenas
secas moderadas em 2003, 2007 e 2010, ao passo que ocorreram anos chuvosos em
2000, 2001, 2006, 2008 e 2009, e anos ligeiramente secos como 2002, 2004 e
2005, sendo que nesses dois últimos anos, grande parte dos reservatórios de
água sangraram. Com base na analise da ODP, é possível afirmar que pelo menos
até 2020, no semiárido nordestino, ocorrerão mais anos chuvosos que secos, pois
até lá a ODP deverá manter-se negativa.
Fonte: Kevin/NOA. Google.com.2016.
A justificativa de Aziz Ab'Saber
Ao analisar esse comportamento da natureza no semiárido nordestino, o Dr. Aziz Ab'Saber, chegou a afirmar que os componentes delimitador do recorte regional denominado semiaridez advém de três elementos naturais; as isoietas que mensura as precipitações pluviometria que do ponto de vista teórico quase sempre pode variam entre 750 a 800 milímetros, e sempre distribuídas sazonalmente e espacialmente de modo anárquico; um outro é a rede de drenagem, essa de características intermitente sazonalmente e exorreica espacialmente, de modo que sua rede de drenagem se dar em direção ao oceano atlântico; um outro elemento é a própria vegetação, aqui lembro as palavras do saudoso Aziz Nacib Ab'Saber quando afirma: (...) Não existe termômetro para delimitar o Nordeste seco do que os extremos da própria vegetação da Caatinga. Entretanto embora se possa delimitar espacialmente tendo como marcos divisores o sistema natural da cobertura vegetal do tipo Caatinga, a seca é sempre mais frequente no sertão continental, mais amena no agreste meridional, e totalmente ausente no brejos de altitude e fundos de vales, e em algumas áreas que bordeiam o curso médio do rio São Francisco.
a) Drenagem exorreica do rios
Esse fenômeno segundo Aziz Ab Saber, refere-se a forma de como se organiza a rede de drenagem hídrica. No nordeste brasileiro repete-se o fenômeno geológico hídrico nacional que tem como característica principal a drenagem exorreica. Esse temo de uso na Geografia, especificamente na hidrogeologia diz a respeito da forma de drenagem do conjunto de rios de suas bacias em direção ao oceano. Esse direcionamento exorreico é devido a forma domática dominante no relevo central do Brasil denominado de Planalto Central como se observa na figura abaixo. Note que o centro do Brasil tem sua base de relevo central elevada. Esse formato elevado é o responsável pela drenagem exorreica, ou seja de cima ondes estão situados as cotas de relevo mais altas para baixo onde se situam as planícies brasileiras que recebem os sedimentos advindos das erosões do rio e sua águas que drenam ao oceano Atlântico.
.
Quanto ao nordeste, especificamente o polígono das secas esse fenômeno geológico se repetem no que diz respeito a drenagem que ambos se direcionam ao oceano Atlântico. Porém as diferenças climas ticas são contrastantes, isso porque no Sul e Sudeste as precipitações são mais regulares o que propiciam uma drenagem regular e perene do rios, ao contrario do nordeste os rios são intermitentes, ou seja so aparecem regular no período de chuvas. Observe que quanto se compara um mapa do polígono das secas e uma mapa de drenagem como que vemos adiante, ver-se nitidamente que se assemelham bastante.
A figura a esquerda e acima elucida o comportamento temporal e espacial da drenagem intermitente e exorreica do nordeste durante o período das chuvas quando os rios saturam o solo e passam a ter capacidade de escoamento superficial que abastece o sistema de barragens urbano e o barreiros e cisternas do meio rural. FONTE: Governo Federal - Projeto de Transposição- Caminho das águas. 2010.
A figura a direita e acima elucida o comportamento
temporal e espacial da drenagem intermitente e exorreica do Nordeste durante o
período da seca ou após a época das chuvas ou verão como denomina os
nordestinos, ou ainda o magrem (citado por George Hargreaves)
etapa em que a capacidade de escoamento cessa, ficando apenas as águas retidas
nas superfícies e locadas em barragens, açudes e pequenos lagos, sem esquecer
as águas represadas nos lenções freáticos rasos. FONTE: Governo Federal - Projeto
de Transposição- Caminho das águas. 2010.
O conceito de Seca
O termo seca só é usado quando a
estiagem ultrapassa um ano sem chuva, desse modo a seca pode
variar entre um para a menor e até, quatro, seis, sendo alguns ciclos
maiores de onze para a maior já registrada pela SUDENE.
Atualmente estamos em
uma seca que se acentua desde o biênio chuvoso 2009-2010(ultima cheia) e seca com chuvas de inverno irregular e esparsa, ou ainda sem chuvas em 2011,2012, 2013, 2014, 2015 que vem se estendendo até julho de 2016. Registros da SUDENE apontou que essa atual seca já atinge mais de 1.400
cidades com rodízio de água. No caso particular da praça sede
desse blog situado no agreste de Pernambuco em Belo Jardim teve seus reservatórios urbano em colapso em março de 2016,
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia INMET as secas
é um fenômeno natural que
ocorre quando se verifica o déficit de precipitação pluviométrica por
um longo período de tempo provocando danos no decorrer normal da atividade
humana, especialmente, nos setores agrícola e pecuário e abastecimento urbano.
Quantas secas já ocorreram no Semiárido nordestino? *
Não se sabe ao certo quantas vezes a seca ocorreu. Mas se sabe a quantidades dos registros escritos, e até o anos de 2016 essa pesquisa apontou 130 secas incluído o ano de 2016.
Embora no século XVI disponha apenas de
registros de três secas, é possível que tenha ocorrido outras dada as condições
naturais de semiaridez já citadas. Assim a contagem é apenas das secas que se tem
registros. A duas secas do Século XVI foram registradas pelo Padre João de
Azpilcueta Navarro, padre da Companhia de Jesus, dos primeiros a serem
catequistas no Brasil, no século XVI, foi também o primeiro mestre e
missionário do gentio, o primeiro nas entradas evangelizadoras aos
sertões, que varou em 1553 em Porto Seguro - 350 léguas de périplo, às
cabeceiras do rio Jequitinhonha, São Francisco.
Figura
1 e 2: João de Azpilcueta Navarro, padre da Companhia de Jesus, pioneiro em
registra a seca no semiárido nordestino, e dando grande contribuição para os
registros. Fonte. Wikipédia.com.
As secas do Século XVII foram contabilizadas 6 secas todas registradas por Joaquim
Alves um Odontologia formado pela Faculdade de Farmácia e Odontologia do Ceará.
Exerceu sua profissão pelo interior cearense vindo depois se radicar em
Fortaleza, onde se dedicou ao Magistério e desenvolveu suas inclinações para as
ciências sociais que deram origem aos seus valiosos estudos publicada sobre as
secas como o caso da obra História das Secas: Séculos XVIII e XIX, o mesmo
faleceu em Fortaleza a 8 de junho de 1952.
Comenta-se que a pior seca de
temporalidade continua e a seca dos sete anos, que se iniciou em 1721 e findou
apenas em 1727 o registro da seca desse período é atribuído a Tomaz Pompeu de
Souza, embora o mesmo não tenha vivenciado a seca, porque os eventos ocorreram
bem antes.
Os registros das secas do século
XVIII que totalizou 37 secas, sendo considerado o mais secos de todos, sendo os registro desse século atribuído nove a Tómaz Pompeu de Sousa, e 23 registros de Joaquim Alves. Por sua vez o
século XIX com 23 secas e que coube também a Joaquim Alves. Os dados mais recentes
das secas do Século XX e XXI são dados Instituto Nacional de Meteorologia –
INMET. Euclides da Cunha (Figura a direita) autor do livro os Sertões também registrou o fenômeno da seca no semiárido nordestino.
AS SECAS DO SÉCULO
XVI*
O primeiro registro de seca na história do Brasil é devido ao padre jesuíta Fernão Cardim, que chegou ao Brasil em 1583 em companhia do jesuíta visitante padre Cristóvão Gouvêa. De 1583 a 1590, o padre Cardim viajou na costa brasileira de Pernambuco ao Rio de Janeiro e fez um relato epistolar que se constitui no primeiro documento a registrar uma seca no Nordeste (Cardim, 1925). Segundo ele, desceram dos sertões para o litoral de quatro a cinco mil índios apertados pela fome.
O Século XVI registrou três secas, uma primeira em 1533 e uma segunda em 1583. Nessa etapa cogitou-se a construção de barragens para reter as águas, embora não haja registro de construção de barragens nesse período. Mas é certo que a politica de açudagem veio a começar nesse século como foi o caso da Barragem de Cedro, mas sua conclusão ocorreu apenas
em 1906. Desse modo a construção serve apenas para delimitar o período, embora
a construção tenha ocorrido na fase republicana.
Tabela 2: A tabela acima deve ser aplicada a todos as demais tabelas do texto. Observa-se que a primeira coluna e mostra a quantidade de anos secos no citado século; a segunda coluna o registro do ano calendário; a terceira o controle somatório; a quarta coluna a duração da seca, podendo ser um ano, dois, três, etc; por fim a duas últimas colunas das fonte utilizadas na pesquisa.
1533 – Ocorre o
primeiro registro de seca no Estado da Bahia no Nordeste, feito pelo Padre
Aspilcuetta Navarro.
Oficialmente a primeira seca
oficial durante o Período Colonial se
inicia cronologicamente em 1583 porque
foi a partir dessa que os registros históricos registram o primeiro problema
que leva a identificação do fenômeno seca. Embora as secas são
registradas desde o descobrimento, a primeira seca historicamente constatada
foi em Pernambuco em 1583. Seguiram se quatorze secas no Século XVIII, doze no
Século XIX e dezoito no Século XX. Uma das secas remotas foi responsável pela
expulsão dos holandeses que tentaram se estabelecer no Ceará.
O ano de 1583 ficou conhecida pela longa estiagem faz cinco mil índios se deslocarem do Sertão de
Pernambuco e Rio Grande do Norte para o litoral em busca de alimentos e registrada por Fernando Cardim.
Segundo o
jesuíta Fernão Cardim, cronista citado por Joaquim Alves, relator da primeira
notícia sobre seca na região. Relatou que entre os anos de 1580 e 1583 houve
tão grande seca em Pernambuco que as fazendas de açúcar e mandioca nada
produziram, e as populações portuguesas e indígenas foram atingidas duramente
pela fome.
Dos sertões
desceram quatro a cinco mil índios famintos que buscavam socorro nas fazendas
do litoral. Durante as secas os índios, acossados pelas necessidades de subsistência, lutavam entre si pela posse das
melhores terras, mais ricas em caça e pesca e apropriadas para as suas culturas.
Segundo o autor a luta contra as secas foi um dos traços marcantes da vida das populações
indígenas.
A seca
de 1587 ocorreu não somente no Nordeste do Brasil, segundo o site da Revista
Superinteressante cita que a ilha de
Roanoke, Virgínia, costa leste dos Estados Unidos, também foi atingida pela
seca que, essa afirmação decorreu a partir
do registro do abandono dos colonos por essa região.
Afirma-se que não sobrara ninguém para contar o que houve. O registro da seca
ficaram gravados nos troncos das árvores do local. Foi há apenas dez anos,
observando a espessura de seus troncos, e com estudo
da dendrocronologia cita que alguns com 800 anos de idade, que os
cientistas decifraram o que houve em Roanoke quatro séculos atrás. A
tragédia, concluíram, foi causada pelo clima: entre 1587 e 1589 ocorreu a maior
seca dos últimos oito séculos em Roanoke. Os colonos haviam chegado bem no
começo da estiagem. Morreram de fome.
SÉCULO XVII
A primeira tentativa organizada de adentrar os sertões semiárido do Ceará se deu com a expedição de Pero Coelho, que iniciou em 1603 e terminou tragicamente em 1605. Afirma-se que Durante a Pero Coelho perdeu a mulher, os filhos e muitos soldados. A marca triste da retirada foi a fome nos sertões do Ceará e do Rio Grande do Norte, que "traduzem a esterilidade e abandono desses sertões" (Barroso, 2004, p.63). A expedição Pero Coelho é considerada a primeira epopeia das secas no Nordeste e teve como consequência o retardamento da ocupação dos sertões(CAMPOS,2014).
O Século VII for registrado nove secas a de 1603,
1606, 1608, 1614/1615, 1645, 1652, 1692/1693 sendo sete registrado por Joaquim Alves, e uma por Fernão Gardin faz citações da secas nestes anos. A
última assolou na época a produção agrária de Pernambuco, sendo a primeira
reconhecida como autêntica por dados registrados por Joaquim Alves (INMET,
2000), e não há também registro de construção de barragens.
Aziz
Ab’Saber(1995) afirma que em um trabalho aprofundado, a História das Secas (Séculos XVII e XIX), Joaquim Alves registra sobre duas questões sobre a seca afirma que o colono
português desconhecia as consequências das secas.
Existem referências sobre uma das grandes secas do século XVI, ocorrida no ano
de 1583, em que grupos indígenas da região dos Cariris Velhos, dos agrestes e dos sertões interiores viram-se obrigados a descer para a costa,
solicitando socorro aos colonizadores. As secas se repetiram no decorrer do século
XVII, nos anos de 1603, 1614, 1645 e 1692.
Na
medida em que se ampliava e aumentava o povoamento dos sertões, as
consequências das secas tornavam-se mais radicais e dramáticas, fossem elas “gerais”
ou “parciais”. Por secas gerais entendia-se aquelas que abrangiam o espaço
total do domínio semiárido; e parciais eram as que incidiam em determinados
setores dos grandes espaços das caatingas,
situados mais ao norte, mais ao sul, ou com penetrações na direção dos agrestes
orientais.
Desde o início da colonização, o sistema de transporte implantado nos sertões
do Nordeste pressupôs o uso de montarias. O cavalo facilitava os deslocamentos de pessoas e mercadorias pelo leito seco dos rios; pelas veredas
situadas à margem de pequenas e estreitas matas ciliares; ou pelos primeiros caminhos
rasgados no dorso das colinas sertanejas.
Tabela 2:
Observa-se que durante o século XVII ocorreu cinco secas e todos constam no
registro de Joaquim Alves.
Esse século foi
muito importante, porque foi o período em que a construção do espaço sertanejo
inserido na zona de semiaridez foi sendo ocupada por fazenda de gado. A
ocupação do sertão semiárido do interior do Nordeste pelos portugueses foi
lenta até a primeira metade do Século XVII.
A partir da segunda metade do século, com a
penetração dos colonos nas terras de criação de gado, os registros de
ocorrência de secas passaram a ser mais frequentes. Os registro do Senador
Tomaz Pompeu relata eventos de seca desse período nos anos de 1603, 1614, 1645,
e de 1692 a 1693.
Uma das
consequências imediatas da estiagem de 1692 a 1693 foi a migração das
populações para as regiões das minas, despovoando fazendas e abandonando
currais. Foi assim no passado e continua sendo assim atualmente, embora
permaneçam sempre núcleos populacionais que recomeçam as atividades (MINISTÉRIO
DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, 2013).
Os memorialistas
e historiadores do passado deixaram uma vasta documentação que registra os
fatos, principalmente a partir do final do Século XVII, quando houve a ocupação
mais efetiva do Semiárido nordestino pelas fazendas de gado e o fenômeno seca.
Abordam as causas das secas que ocorreram no semiárido dos estados do Ceará,
Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte, nesses relatos documentam suas
consequências, registrando fatos como, por exemplo, o abandono das fazendas e
as dramáticas migrações para o litoral, tanto de tribos indígenas quanto de
colonizadores, por vezes com perdas totais de populações humanas e seus
rebanhos.
O Século XVIII : A ocupação dos sertões semiárido
O Século XVIII marca a ocupação dos sertões(ANDRADE,1986) fazendo surgem as grandes fazendas de gados e consequentemente por sua inserção no semiárido os primeiros registros das secas com seus impactos sociais e econômicos. Algumas secas mais intensas outras menos, que sempre acabar resultando em mortandade e dizimação de rebanhos. Uma das secas de maiores secas e impactos no período Colonial iniciou em 1777 e persistiu até 1778. Nessa seca, que ficou conhecida como a seca dos três setes, estima-se que foram dizimados sete oitavos do rebanho do Estado do Ceará(CAMPOS.20140)
.
O Século XVIII foi o mais seco de todas as eras, foi o século das 38 secas, inclusive
o maior período já registrado nos últimos 500 anos no polígono da seca do
Nordeste do Brasil. Foi também nesse século que a ocupação do semiárido foi
mais intensa do principalmente com a
atividade pecuária, cresceram a população e os rebanhos no interior. No livro os Sertões de Euclides da Cunha encontra-se registro de varias secas do século XVIII.
Tabela 3: O registro de 38 secas faz do Século XVIII o mais secos de todos.
Nesse século que também se iniciou o
desenvolvimento da cultura do algodão (ANDRADE, 2003), e coincide com um dos
mais secos que sem tem registros, segundo Tómas
Pompeu de Sousa Brasil, conhecido
por Senador Pompeu, (1818 - 1877) político nordestino cearense e brasileiro
e também de Joaquim Alves, que foi o autor de “História das Secas”, as secas do
Século XVIII totalizaram 33 secas. Entretanto vale
salientar que as secas não ocorreram necessariamente em todos os estados em sua
totalidades espacial, mas sim de forma espaçada e dispersa, principalmente no
sertão da Paraíba, Pernambuco, Ceará e R.G.do Norte, mas sempre regional e
dentro do polígono só semiárido, pode ser que durante essas estiagem estivessem
chovendo em alguns dos outros estados.
O primeiro
biênio da segunda década foi registrado duas secas seguidas, as de 1710/11. Mas a pior seca o a
longa estiagem que se iniciou em 1721 e se prolongou até 1727 totalizando sete
anos seguidos se seca, é segundo essa fonte a mais longas que se tem registros.
Há
descrições do Senador Pompeu de Sousa Brasil que essa seca atingiu os estados
do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. A seca e a fome fez
assolar pela região, secou fontes, estagnou rios, esterilizou lavouras, e
dizimou quase todo o gado. (CAPRE/INEMET,s.d).
A maior de todas as estiagem no semiárido: 1720/1727
Essa foi uma das maior seca registradas que atingiu a região semiárido do Nordeste – principalmente a área em que, na época, ficava a Capitania de Pernambuco. Grupos de índios fugiram das serras e invadiram fazendas. Além da seca, uma peste assolou a região no mesmo período, causando uma enorme mortalidade nas populações mais frágeis, especialmente os escravos.
Em 1722 a
estiagem atingindo o ápice, matou numerosas tribos e fauna e flora do sertão
semiárido. Em 1723 o Governador da Bahia
D. Diogo Luís de Oliveira, conde de Miranda,
foi um militar e administrador colonial português que se notabilizou como
governador da Capitania
da Bahia durante o período de dominação espanhola, expressou a
falta de esperança na safra de tabaco em decorrência da seca.
Após essa
longa estiagem as secas se alteram nos anos: 1730, 1732, 1734/35 nesse biênio o
Estado da Bahia perdeu toda a safra de açúcar e tabaco, 1736/37, acumulou quatro anos de seca e vai de 1744/47.
Os registros de
Joaquim Alves e Senador Pompeu são citando por vários cronistas e
historiadores dos séculos XVI a XIX, narra a história das secas que atingiram a
Região Nordeste naquele período, flagelando as populações colonizadoras e
indígenas.
1776/1778
Essa foi mais uma seca combinada com um surto de doença, no caso, a varíola. A taxa de mortalidade foi altíssima, não só de pessoas, mas também de animais, principalmente o gado. A solução encontrada pela Corte Portuguesa foi repartir as terras adjacentes aos rios entre os povos flagelados (SUPER, 2014).
SÉCULO XIX foi o terceiro mais seco e foi
registrados 23 secas.
Nesse século muitas secas aconteceram ficaram marcadas no Brasil Império. A última registrada antes da tragédia de 1887 se deu em 1845. Passaram-se 32 anos de bons invernos nos quais houve crescimento dos rebanhos e das populações não acompanhados pelo fortalecimento de infraestruturas de açudagem e de estradas. Criou-se uma população altamente vulnerável que assim se desenvolveu por desconhecimento da geografia física e das variabilidades do clima regional.
Fonte:Newton Silva.
Quanto ao Século XIX foram registrado 23 secas, sendo que
ocorreu cinco biênios de secas. O
primeiro foi o de 1803-1804; o biênio 1808-1809;
1814; o biênico de seca de 1824-1825;
e 1829-1830; 1833; o de biênio seco de 1844-1845;
1870; 1877-1878; 1879; e por fim os quatro biênios de seca 1888-1889; 1898 totalizando 21 secas.
A seca de 1803-1804, seguindo do um biênio 1809-1809, quase levou a extinção de todo o gado do Sertão do
Ceará; a de 1824-1825, 1835-1837 castigou o estado
do Rio Grande do Norte e provocou grandes migrações para outros estados do
Brasil, além desse fator populacional muitos morrera nas viagem, foi também nesse ano que o Nordeste
foi reconhecida oficialmente reconhecido como uma área de seca que atingiu os
estados do Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará deixando um quadro de
morte e miséria.
As secas continuaram no anos de 1845 a 1877 decorreram 32
anos relativamente sem grandes problemas (excetuado 1870 com alguma escassez).
No período não há registro de obras de convício com as secas.
Uma curiosa tentativa de minorar o sofrimento dos sertanejos com as secas ocorreu em julho de 1859 quando, por encomenda do Governo Imperial, o navio francês Splendide desembarcou no porto de Fortaleza 14 camelos que vieram para procriarem e apoiar as populações no transporte pela caatinga do semi-árido. Entretanto, essa tentativa fracassou pela falta de adaptação dos camelos ao solo duro e pedregulhoso. Em 1995 a Escola Imperatriz Leopoldinense exaltou o fato no se enredo de Carnaval com o tema MAIS VALE UM JEGUE QUE ME CARREGUE QUE UM CAMELO QUE ME DERRUBE. .
A seca bienal de 1877 / 1879.
1877
Calcula-se que 500 mil pessoas morreram nesse ano por causa
da seca. O Estado mais atingido foi Ceará. O imperador dom
Pedro II foi ao Nordeste e prometeu vender “até a última jóia
da Coroa” para amenizar o sofrimento dos súditos da região.
Não vendeu.
Em 1877, ano em que teve início o mais longo período de estiagens do Nordeste no século XIX, o Imperador destacava que a prolongada falta de chuvas em algumas províncias do Norte teria acarretado “provações inerentes a semelhante flagelo” (FALAS DO TRONO, 1977, p. 443). O imperador ainda voltaria ao tema defendendo a criação de políticas públicas que minimizassem, no futuro, os efeitos “de tamanha calamidade” (FALAS DO TRONO, 1977, p. 446).
O pesquisador José Henrique Artigas de Godoy cita que pouco antes, em 1875, o cearense José de Alencar, em O sertanejo, havia traçado um retrato da seca, da fome e da miséria do interior do Nordeste, condições que foram reforçadas em Os Sertões, de Euclides da Cunha, quando cunhou a imagem de região abandonada, ao descrever a luta diária contra as agruras do meio, que exigiria do homem uma resistência característica em face do ambiente inóspito e do domínio do latifúndio.
Aconteceu então uma das secas de conseqüências mais graves da História do Nordeste: a seca de 1877-1879. Segundo Euclides da Cunha antes dessa seca houve um grande trégua em não se registrou seca, que foi o interregno de 1845-1877. Essa seca, que atingiu todo o Nordeste, segundo fontes da SUDENE essa seca matou de sede e fome cerca de 500.000 nordestinos do Ceará e das vizinhanças,na capital Fortaleza o registro de mortes atingiu 119.000 pessoas. No total cerca de 50% da população morreu.
Dos mortos de 1877 a 1879, calcula-se que 150.000 faleceram de inanição e 100.000 de febres e outras doenças, 80.000 de varíola e 180.000 de fome, alimentação venenosa e sede."A construção de barragens se inicia nesse século com a construção da Barragem de Cedro no Ceará.
Vitimas da Seca no estado do Ceará. Fonte;Fortaleza em fatos e fotos. 2015.
O fenômeno também gerou uma grande migração: 120 mil nordestinos fugiram para a Amazônia e 68 mil partiram para outros estados brasileiros. O governante na época, o Imperador Pedro II, visitou o Nordeste e prometeu vender até a última joia da Coroa para amenizar o problema(BUENO,2014). As chuvas voltaram a cair um pouco em fins de 1878, repetindo a seca em 1879. Entretanto a declaração do Imperado ficou apenas no registro histórico(SUPER, 2014).
Acredita-se que a Grande Seca que ocorreu de 1877 a 1879 ceifou a vida de mais da
metade das 1.754.000 pessoas que residiam na área atingida pela tragédia. Esse
foi de longe a maior catástrofe gerada por fenômenos naturais que ocorreu no
País.
Poucos brasileiros nordestinos sabem que o ano de 1877 foi
marcado pela identificação do primeiro fenômeno natural denominado seca, ou que a Grande Seca como ficou conhecida no
Nordeste que embora teve duração de apenas três
anos deixou marcas na historia até hoje.
Na época o estado do Ceará, foi um das
províncias (hoje estados) dos mais
atingidas, na época com 1,5 milhão de habitantes, perdeu mais de um terço da
sua população de maneira trágica, tendo sido palco de migrações em massa de flagelados.
TABELA DE REGISTROS*
XIX(23)
|
1803
|
1/23
|
1/2
|
Joaquim Alves
|
|
|
1804
|
2/23
|
2/2
|
Joaquim Alves
|
Limério M.Rocha
|
|
1808
|
3/23
|
1/2
|
Joaquim Alves
|
Euclides da Cunha
|
|
1809
|
4/23
|
2/2
|
Joaquim Alves
|
“
|
|
1816
|
5/23
|
1/2
|
Joaquim Alves
|
Limério M.Rocha
|
|
1817
|
6/23
|
2/2
|
Joaquim Alves
|
|
|
1824
|
7/23
|
1/2
|
Joaquim Alves
|
Euclides da Cunha
|
|
1825
|
8/23
|
2/2
|
Joaquim Alves
|
“
|
|
1830
|
9/23
|
1
|
Joaquim Alves
|
Limério M.Rocha
|
|
1833
|
10/23
|
1
|
Joaquim Alves
|
|
|
1835
|
11/23
|
1/3
|
Euclides da Cunha
|
|
|
1836
|
12/23
|
2/3
|
Euclides da Cunha
|
|
|
1837
|
13/23
|
3/3
|
Euclides da Cunha
|
|
|
1842
|
14/23
|
1/1
|
Limério M.Rocha
|
|
|
1844
|
15/23
|
1/3
|
Joaquim Alves
|
Limério M.Rocha
|
|
1845
|
16/32
|
2/3
|
Joaquim Alves
|
Limério M.Rocha
|
|
1846
|
17/23
|
3/3
|
Joaquim Alves
|
|
|
1877
|
18/23
|
1/3
|
Joaquim Alves
|
Euclides da Cunha
|
|
1878
|
19/23
|
2/3
|
Joaquim Alves
|
Euclides da Cunha
|
|
1879
|
20/23
|
3/3
|
Joaquim Alves
|
Euclides da Cunha
|
|
1888
|
21/23
|
1/2
|
José Ramalho Alarcon
|
Limério M.Rocha
|
|
1889
|
22/23
|
2/2
|
José Ramalho Alarcon
|
Limério M.Rocha
|
|
1898
|
23/23
|
1
|
José Ramalho Alarcon
|
Limério M.Rocha
|
Tabela 4: Um dos
séculos mais secos com 23 registros que inclui também a pior seca que se tem registro, embora
tenha apenas durando apenas três anos, mas foi a que sensibilizou o Governo
Imperial.
Figura 2: Quadro Retirantes de Candido Portinari. Fonte: portainari.org.
Uma curiosa
tentativa de minorar o sofrimento dos sertanejos com as secas ocorreu em julho
de 1859 quando, por encomenda do Governo Imperial, o navio francês Splendide
desembarcou no porto de Fortaleza 14 camelos que vieram para procriarem e
apoiar as populações no transporte pela caatinga do semi-árido. Entretanto,
essa tentativa fracassou pela falta de adaptação dos camelos ao solo duro e
pedregulhoso. Em 1995 a Escola Imperatriz Leopoldinense exaltou o fato no se
enredo de Carnaval com o tema MAIS VALE UM JEGUE QUE ME CARREGUE QUE UM CAMELO
QUE ME DERRUBE.
As secas
deixaram marcas que não se apagam por mais que os anos passem. A Grande Seca que ocorreu de 1877 a 1879
ceifou a vida de mais da metade das 1.754.000 pessoas que residiam na área
atingida pela tragédia. Esse foi de longe a maior catástrofe gerada por
fenômenos naturais que ocorreu no País.
Poucos brasileiros nordestinos
sabem que o ano de 1877 foi marcado pela identificação do primeiro fenômeno
natural denominado seca. A Grande Seca
como ficou conhecida no Nordeste teve duração
superior a três anos deixou marcas na historia até hoje. Na época o estado do Ceará, foi um das províncias (hoje
estados) dos mais atingidas, na época
com 1,5 milhão de habitantes, perdeu mais de um terço da sua população de
maneira trágica, tendo sido palco de migrações em massa de flagelados.
Em 1880, logo após essa Grande
Seca, o Imperador D. Pedro II que esteve na área atingida, nomeou uma comissão
para recomendar uma solução para o problema das secas no Nordeste. Essa
comissão resultou uma promessa do imperador Pedro II — de
que empenharia até a última jóia da coroa para acabar com a seca do Nordeste.
As principais recomendações foram
a construção de estradas para que a população pudesse atingir o litoral e a
construção de barragens para suprimento de água e irrigação no Polígono das
Secas cuja área é superior a 950.000 km². Isso marcou o início do planejamento
e projeto de grandes barragens no Brasil. A primeira dessas barragens foi
Cedros (126 milhões m³) situada no Ceará, começou a ser construída em 1844, mas
sua conclusão só ocorreu em 1906.
A Grande Seca
(1877-1879) de devastadoras consequências impactou o Governo Imperial, tendo o
próprio imperador Pedro II estado no local assolado pela seca. Importante
consignar que em sessões sob o comando do Conde
D’Eu no Instituto Politécnico situado na Corte, foi debatido amplamente o
problema das secas no Nordeste.
O Açude do Cedro foi umas das primeiras
grandes obras de combate à seca realizadas pelo Governo Brasileiro.
A ordem de construção foi dada por D.
Pedro II em
decorrência do grande impacto social provocado pela seca de 1877 - 1879. Nesse contexto se inicia a construção do o açude do Cedro
em 1884, mas só ficou pronto em 1906. A barragem de 15,5 metros de altura e 415
metros de comprimento é toda de pedra talhada a mão, guarnecida por esculturas
de pedra e grades de ferro importadas. Seus 128 milhões de metros cúbicos de
água não chegam para matar a sede da região de Quixadá e os equipamentos de
irrigação só beneficiam alguns poucos.
Figura 3: Açude de Cedro -O Açude do Cedro localiza-se em Quixadá, Ceará. D. Pedro II, deu a ordem de construção, porém a realização deste foi feita entres os anos de 1890 e 1906.
No ano de 1882 o
primeiro projeto foi feito pelo próprio Jules
Revy que coordenou a
realização de obras preliminares, como a construção de uma estrada de acesso e
a instalação das máquinas. Às vésperas do início das obras, ocorre a
proclamação da república e a consequentemente a retirada de Revy.
Após modificações
no projeto realizadas em 1889 pelo engenheiro Ulrico Mursa
substituto do Jules Revy da Comissão de Açudes e Irrigação (atualmente DNOCS), as obras foram
finalmente iniciadas em 15 de novembro
de 1890, ou seja 13 anos após
a seca. Sua conclusão, após várias interrupções, foi em 1906 quase trinta anos após a seca, já sob
coordenação do engenheiro Bernardo Piquet Carneiro. O período entre
o primeiro projeto e a inauguração foi
de 25 anos e suas obras contaram, em grande parte, com o emprego de
mão-de-obra dos flagelados da seca.
O SÉCULO XX
foi o segundo mais seco da história das secas, sendo registrado 42 secas.
O século XX iniciou com uma seca abrangendo todo o
Nordeste. Foram ainda registradas secas em 1900; 1903; 1915; 1919; 1932; 1942;
1933;1942; 1951-1953; 1958-1959; 1966; 1970; 1976; 1979-1983 e 1990-1993
totalizando, até a atual data 25 secas no século. Contudo esse século
caracterizou- se por instalação de política de formação de um infra-estrutura
hídrica de barragens em números que chegam a 70 mil. Porém se considerar a
capacidade de armazenamento acima de 70 mil metros cúbitos esse numero fica
relegado a 69 barragens.
Criado em 1909, o Instituto de Obras Contra as Secas (IOCS) referia-se à categoria geográfica Nordeste como o espaço onde se concentravam as áreas que sofriam com os efeitos das longas estiagens. Dez anos depois, o IOCS se tornou Instituto Federal (IFOCS), precursor do atual Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), criado em 1945. Segundo Durval Muniz de Albuquerque Júnior, o Nordeste é filho das secas (ALBUQUERQUE JR, 2009).
Curiosidade sobre a seca de 32 no Ceará: O Campo de Concentração de Ipu.
A seca e interesses políticos
levaram a construção do Campo de Concentração de Ipu no período em que ela mais
se alastrou que foi de julho de 1932 a fevereiro de 1933, onde ocorreram muitas
mudanças na cidade principalmente em termos de desenvolvimento, visto que neste
período a cidade cresceu em obras públicas. Com a acentuação da seca e a
chegada crescente de imigrantes o governo determinou a construção desses Campos
de Concentração no intuito de isolar os mais afetados por ela, e lá eles
receberem assistência do governo. Em todo o Estado foram construídos
sete campos em lugares próximos as estações de trem, isso para facilitar o
“aprisionamento” dos retirantes. Dentre os sete campos construídos, um foi no
município de Ipu .
O Campo de Concentração de Ipu como
regra ficou localizado em um lugar bem distante do centro da cidade,
precisamente na localidade do Espraiado, para lá foram conduzidos vários
retirantes de diferentes lugares. O governo aponta um número de 9.000 mais não
se sabe o número exato desses flagelados que ficaram estalados nesse local,
visto que houve indícios de fraude na administração do interventor que na época
era Joaquim de Oliveira Lima.
Os flagelados que iam se instalando em “currais do
Governo,” tinham que obedecer a diversas regras, uma das quais eram proibidos
de saírem do campo, exceto os que iriam trabalhar nas obras públicas da cidade.
Esses “encurralados” apesar disso não ser reconhecido pelo governo contribuíram
de alguma forma para a sociedade, entretanto o governo o que só viam o lado em
que eles eram os causadores de transmitirem doenças, por isso o afastamento
desses imigrantes do restante da sociedade e a mercê do poder público para
sobreviver a custa de “migalhas” dadas pelo governo.
Retirantes da Seca de 1932 -Fonte:professorfranciscomello
Em 1918, último ano da gestão presidencial de Venceslau Brás, a ideia de D. Pedro II de transposição das águas do rio São Francisco foi transformada em projeto oficial. Naquele ano o governo federal gastou 2.326 contos de réis com obras na região. No governo seguinte, do paraibano Epitácio Pessoa, os investimentos no Nordeste chegaram ao ápice durante o período da I República, atingindo 145.947 contos de réis (POMPONET, 2010, p. 3). Logo após a posse, Epitácio propôs um conjunto de obras para o Nordeste, no sentido de preparar a região para as secas:
Sabe-se hoje que no Nordeste há irregularidade, mas não faltam chuvas. Tudo está em poder armazenar as águas caídas nos meses chuvosos, para gastá-las na irrigação durante os meses de seca. Construídas as barragens para a formação de açudes e abertos os canais de irrigação, virá por si a colonização das terras por essa gente laboriosa, cuja coragem e resistência assombram os que não lhe conhecem as virtudes. (PESSOA, 2004).
Nesse período vale registra o destaque da seca de 1919/1921, essa seca muito grave, que atingiu principalmente o sertão de Pernambuco, fez aumentar muito o êxodo rural do Nordeste. A imprensa e a opinião pública pressionaram e exigiram uma atuação eficaz do governo para resolver o drama das famílias afetadas. Com isso, em 1920 foi criada a Caixa Especial de Obras de Irrigação de Terras Cultiváveis do Nordeste Brasileiro, mantida com 2% da receita tributária anual da União. Apesar disso, nada foi feito para efetivamente resolver o problema.
1934/1936 Essa foi uma das maiores secas enfrentadas pelo Brasil (que se tem registro). O longo período de estiagem não ficou restrito ao Nordeste: além de afetar nove estados na região, Minas Gerais e São Paulo também sofreram com a falta de chuvas. Depois disso, o problema no sertão nordestino passou a ser encarado como um problema nacional (Superinterressnte,2014).
XX(42)
|
1900
|
1
|
1
|
INMET
|
Limério M.Rocha
|
|
1903
|
2
|
1
|
José Ramalho Alarcon
|
|
|
1904
|
3
|
1
|
|
|
|
1907
|
4
|
1
|
José Ramalho Alarcon
|
Limério M.Rocha
|
|
1909
|
5
|
1
|
|
|
|
1910
|
6
|
1
|
INMET
|
Limério M.Rocha
|
|
1914
|
7
|
1/2
|
|
|
|
1915
|
8
|
2/2
|
|
|
|
1917
|
9
|
1
|
|
|
|
1919
|
10
|
1
|
José Ramalho Alarcon
|
Limério M.Rocha
|
|
1921
|
11
|
1/2
|
José Ramalho Alarcon
|
|
|
1922
|
12
|
2/2
|
José Ramalho Alarcon
|
|
|
1924
|
13
|
1
|
José Ramalho Alarcon
|
|
|
1930
|
14
|
1
|
|
|
|
1932
|
15
|
1
|
INMET
|
Limério M.Rocha
|
|
1934
|
16
|
1/4
|
Superinteressante
|
|
|
1935
|
17
|
2/4
|
Superinteressante
|
|
|
1936
|
18
|
3/4
|
Superinteressante
|
|
|
1937
|
19
|
4/4
|
Superinteressante
|
|
|
1942
|
20
|
1
|
DNOCS
|
|
|
1945
|
21
|
1
|
DNOCS
|
|
|
1951
|
22
|
1/4
|
DNOCS
|
|
|
1952
|
23
|
2/4
|
DNOCS
|
|
|
1953
|
24
|
3/4
|
INMET
|
|
|
1954
|
25
|
4/4
|
DNOCS
|
|
|
1958
|
26
|
1/2
|
INMET
|
Limério M.Rocha
|
|
1959
|
27
|
2/2
|
INMET
|
|
|
1962
|
28
|
1/3
|
DNOCS
|
|
|
1963
|
29
|
2/3
|
DNOCS
|
|
|
1964
|
30
|
3/3
|
DNOCS
|
|
|
1966
|
31
|
1
|
DNOCS
|
|
|
1970
|
32
|
1
|
INMET
|
|
|
1976
|
33
|
1
|
DNOCS
|
|
|
1979
|
34
|
1/7
|
INMET
|
|
|
1980
|
35
|
2/7
|
INMET
|
|
|
1981
|
36
|
3/7
|
INMET
|
|
|
1982
|
37
|
4/7
|
INMET
|
|
|
1983
|
38
|
5/7
|
INMET
|
|
|
1984
|
39
|
6/7
|
INMET
|
|
|
1985
|
40
|
7/7
|
INMET
|
|
|
1998
|
41
|
1/2
|
INMET
|
|
|
1999
|
42
|
2/2
|
INMET
|
|
Tabela 5: O Século XX com 42 secas foi o segundo mais seco, mais foi também um dos
mais importantes períodos do qual se concretizou toda a politica de açudagem do Semiárido, as 68 maiores barragens foram construídas nesse período.
No século XX, outros autores
continuaram estudando e registrando os fatos sobre o fenômeno das secas na
região segundo dados do MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO,
2013, foram registrados 25 secas, são desses períodos as secas de 1900, a de
1903 destruiu toda a lavouras, 1915, a de 1932 afetou a vida de 3 milhões de
nordestinos, a de 1953 atingiu o Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba.
1915
A intensidade da estiagem levou o governo a reestruturar o
Instituto de Obras Contra as Secas (Iocs), que passou a construir
açudes de grande porte. Até então, o Iocs se concentrava em
perfuração de poços, confecção de mapas e abertura de estradas.
A seca de
1958/59 foi terrível e assolou o
Nordeste. Nessa época o presidente do Brasil Juscelino Kubitschek seguiu, em 17
de abril, para o interior do Ceará, não só para avaliar a gravidade da
situação, como para visitar as obras do açude de Araras, regressando três dias
depois. Outras secas se sucederam nos anos de 1970, 1979, 1980/83 formando o
triênio de seca, sendo considerado a maior seca do século XX, e finalmente o
biênio de 1998/99.
1963/1964
A seca que começou em 1963 foi gravíssima. A estiagem bateu recordes em várias estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Distrito Federal. Até a Amazônia sofreu com falta de chuva. Além disso, uma onda de calor muito forte assolou o país(super, 2014).
Jornal Folha de São Paulo registrou a seca de 64. Fonte: Folha de São Paulo.
O Século XX foi iniciado com outra seca no Nordeste, como de costume, só em época de calamidades é que obras e organismos governamentais são efetivados, mas sempre marcados por ações pretenciosa e de submissão ao políticos locais.
Em 1918, último ano da gestão presidencial de Venceslau Brás, a ideia de D. Pedro II de transposição das águas do rio São Francisco foi transformada em projeto oficial. Naquele ano o governo federal gastou 2.326 contos de réis com obras na região. No governo seguinte, do paraibano Epitácio Pessoa, os investimentos no Nordeste chegaram ao ápice durante o período da I República, atingindo 145.947 contos de réis (POMPONET, 2010, p. 3). Logo após a posse, Epitácio propôs um conjunto de obras para o Nordeste, no sentido de preparar a região para as secas:
Sabe-se hoje que no Nordeste há irregularidade, mas não faltam chuvas. Tudo está em poder armazenar as águas caídas nos meses chuvosos, para gastá-las na irrigação durante os meses de seca. Construídas as barragens para a formação de açudes e abertos os canais de irrigação, virá por si a colonização das terras por essa gente laboriosa, cuja coragem e resistência assombram os que não lhe conhecem as virtudes. (PESSOA, 2004).
Em 1919, no
governo de Epitácio Pessoa, esse órgão passou a se denominar Inspetoria Federal
de Obras Contra as Secas IFOCS. A IFOCS manteve a construção de açudes, tendo
implantado mais de vinte açudes públicos com destaque para Forquilha e Quixeramobim,
ambos no Ceará.
Com a eleição de
Artur Bernardes à presidência da República em 1922, houve a suspensão de todas
as obras e a IFOCS quase desaparece; seu sucessor, Washington Luiz, eleito em
1926, dá prosseguimento ao processo de inanição da IFOCS. Registra-se que
durante os oito anos desses dois mandatos, a soma dos recursos destinados à
IFOCS representou apenas 20% dos recursos despendidos nos dois últimos anos do
governo de Epitácio Pessoa que os antecedeu. O antigo IOCS se transformou, na gestão Epitácio, em IFOCS, sob uma circunscrição administrativa de atuação que deu origem à primeira elaboração oficial da categoria geográfica e administrativa Nordeste.
Com o golpe de
estado de 1930, assume a presidência Getúlio Vargas que nomeia José Américo de
Almeida para o Ministério de Viação e Obras Públicas que, por sua vez nomeia o
engenheiro Artur Fragoso de Lima Campos inspetor geral da IFOCS. Em 1932 Lima
Campos faleceu em acidente aéreo, tendo sido substituído pelo engenheiro
Augusto da Silva Vieira. Em 1932 ocorreu uma seca severa e o canteiro de obra
da barragem de Patu que havia sido
paralisada em 1923, se transformou em um campo de concentração, um cemitério de
quinze mil mortos-vivos. A barragem foi
concluída em 1986, 65 anos após o início de suas obras.
Seu
reservatório, com 71,8 milhões de metros cúbicos de capacidade daria para atender 60% da atual população de Senador Pompeu mas,
segundo Francisco Luís de Araújo, residente da Empresa de Assistência Agropecuária
do Ceará, a irrigação se devidamente implantada poderia beneficiar três mil
famílias, quando apenas 36 famílias fora beneficiadas com a irrigação.
1934/36
Considerada a maior seca de todos os tempos até o início dos
anos 80. Aestiagem se estendeu pelos nove Estados nordestinos
e chegou a Minas Gerais. Apartir dela as secas do sertão do
Nordeste passaram a ser encaradas como flagelos nacionais.
Em dezembro de
1945 o presidente José Linhares e seu ministro Maurício Joppert da Silva
transformam a Inspetoria no Departamento Nacional de Obras Contra as Secas - IOCS em DNOCS -Departamento Nacional de Obras Contra as Secas que, a partir do ano seguinte sob o governo Dutra se mantém com recursos
exíguos e praticamente limitados às obras de construção de açudes, sem dar
seguimento a obras de irrigação e de piscicultura, recursos para formação de
mão de obra, financiamento para a mecanização para a lavoura e a pecuária, ou
difusão de insumos, muito menos estruturas de estocagem, meios suficientes para
a expansão de observações e estudos hidrológicos, acesso a crédito, etc.
Devido as opressões e condições salariais no DNOCS, populares satirizavam a sigla afirmando significar: Deus Não Olha Casaco Sofrer, Sofre Casaco Obrigado Nesse Departamento.
Somente com o
retorno de Getúlio Vargas à presidência, desta vez eleito, e que o orçamento do
DNOCS, ainda que insuficiente, foi duplicado em relação ao orçamento deixado
pelo seu antecessor, é então retomadas as obras de diversas barragens tais como
Orós-CE (2,5
bilhões) que hoje é a segunda maior do Nordeste, Araras-CE (1,0 bilhão de m³) a sexta maior, Banabuiu-CE com 1,7 bilhão hoje a quarta maior do
Ceará e do Nordeste, Boqueirão das Cabaceiras na Paraíba (420 milhões m³), e Cocorobó.
Nesse período tiveram início os estudos da hidroelétrica de Boa Esperança,
posteriormente transferida para a COEBE e, depois incorporada à CHESF.
Os estudos de projeto
de construção do Açude Araras por
exemplo, tiveram início no ano de 1920 e, após uma série de paralisações, foram
concluídos no ano de 1938. Posteriormente foi projetada e construída pelo
Departamento Nacional de Obras Contra as Secas - DNOCS, com a consultoria da
Cementation do Brasil S.A. - Engenharia Geral.
Os
anos JK
Ao assumir o
governo federal, Juscelino Kubitschek, embora obcecado pela sua meta síntese de
construção de Brasília, concentrou
recursos para a implantação da
nova capital. Nesse interim o Nordeste, em particular o DNOCS foi prejudicado
pela concentração de drenagem de
recursos para construção de Brasília, assim muitas suas obras ficaram sem
recursos e sem crédito.
A mais notável
prejudicada das obras foi a da construção do açude de Orós, teve o seu colapso
anunciado com meses de antecedência pelos dirigentes do DNOCS dada a
incapacidade financeira e de crédito para concluir a barragem antes do período
de chuvas.
Açude de Orós -CE .Fonte:www.orosfm.
Vale
lembrar aqui que a obra foi construída a esmo e sem planejamento, com fundo
politico acabou virando uma tragédia nacional, e por ironia e descaso politico
as aguas que deveriam sanar a sede do povo de animais acabou servido de
sepulcros e destruição.
Há
50 anos a barragem do Açude Orós, ainda com obras em andamento, começou a
acumular água. As chuvas do ano de 1960 intensificavam-se, caindo
torrencialmente. Provocaram o transbordamento das águas do açude. Uma enchente
de grandes proporções inundou inúmeras cidades do Vale do Jaguaribe. Mais de
100 mil pessoas ficaram desabrigadas.
A SUDENE por sua
vez concorreu com eficiência para a divulgação leviana da idéia de que a
capacidade dos açudes então existentes seria suficiente para atender à demanda
de água do semi-árido para qualquer seca que viesse a acontecer. A política de
implantação de açudes foi, então, brecada até que as secas intensas ocorridas
no início dos anos oitenta demonstraram o equívoco dessa postura.
O governo Jânio
Quadros, foi outro presidente que pouco ajudou o combate a seca, implantou um
politica perseguidora com relação aos dirigentes do período anterior,
interrompeu em 1961 a concessão de subsídios à construção de açudes
particulares por regime de cooperação e desacelerou a implantação de açudes
públicos. Não registro de construção de açudes nesse período de governo, o mesmo
se pode dizer do governo de João
Goulart, quando o DNOCS passa à
categoria de autarquia em junho de 1963 e fica sob a coordenação da SUDENE em
ocasiões de emergência.
O
REGIME MILITAR E AS POLITICAS CONTRA AS SECAS
Após a deposição
do governo Goulart, o DNOCS passa a ser gerido por sucessivos coronéis do
Exército pouco versados nos problemas do semi-árido. Em 1999 assumiu o governo o
general João Batista Figueiredo e, em seguida, em paralelo ao segundo choque do
petróleo, ocorreu a severa seca entre os anos de 1980 a 1983. A mais importante
obra desse período foi a construção da barragem de Açu também conhecida por Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves no
Rio Grande do Norte, com a capacidade de 2,4 bilhões de metros cúbicos de
acumulação.
1979/85
A mais longa e avassaladora seca deste século foi marcada por
uma onda de saques que chegou ao auge em 1981. Essa foi uma das secas mais prolongadas da história do Nordeste: durou 7 anos. O auge do problema foi em 1981. Na época, o ditador-presidente João Figueiredo chegou a fazer uma declaração dizendo que só restava rezar para chover. Não deu certo. A seca e o governo acabaram juntos.A estiagem deixou um rastro de miséria e fome: lavouras perdidas, animais mortos, saques à feiras e armazéns por uma população faminta e desesperada. No período, 3.5 milhões de pessoas morreram, a maioria crianças sofrendo de desnutrição (SUPER,2014).
1997/99
Os sinais mais graves da estiagem começaram a ser sentidos em
outubro do ano passado. Desta vez, um fenômeno social tornou-se
marcante na briga para resistir ao flagelo ambiental: os
ataques a mercados, feiras e prefeituras das cidades sertanejas.
A década de 90 sofreu com os efeitos do fenômeno El Niño, que causa o aumento das temperaturas das águas e traz várias consequências para o clima – entre eles, o agravamento de secas no Nordeste. A seca do final dessa década foi terrível. Foram 5 milhões de pessoas afetadas, saques a depósitos de comida devido às mortes de animais e lavouras perdidas. A seca foi tão grave que Recife passou a receber água encanada apenas uma vez por semana(SUPER, 2014).
SÉCULO XXI PODE VIR SE TORNANDO O MAIS SECO DA HISTÓRIA DAS SECAS
Observando os dados o ver-se que o século XXI apresenta uma tendencia de se tornar o mais seco entre todos, a continuidade do ciclo atual aparece como a segunda maior seca ocorrida no Semiárido do Nordeste brasileiro. Atualmente a região vivenciam um novo ciclo de seca 2012, 2013,2014, 2015, 2016 e se vem de prolongando até Março 2017.
Tabela 9: As secas de 2012, 2013, 2014, 2015, 2016 e atual 2017 pode se tornar o segundo ano do segundo quinquênio de seca no nordeste.
2001
A seca de 2001 foi um prolongamento do período de seca do final da década de 90, que teve uma trégua em 2000. O Rio São Francisco sofreu com a pior falta de chuvas de sua história, causando uma diminuição drástica do volume de suas águas. Para piorar a situação, a falta de chuvas em todo o Brasil contribuiu para a pior crise energética que o país já viveu, somando a estiagem prolongada à falta de investimentos no setor.
2007/2008
Em 2007, ocorreu a pior seca da história no norte de Minas Gerais, região do estado de clima semiárido. Não choveu nada entre março e novembro de 2007 e as precipitações abaixo da média continuaram durante o ano seguinte. No total, foram 15 meses de estiagem. Durante o período, foram registrados quase 54 mil focos de incêndio e mais de 190 mil mortes de cabeças de gado. Centenas de municípios decretaram estado de emergência.
Segundo dados do Censo Demográfico 2010, entre 1970 e 2009,
mais de 157 mil pessoas deixaram a zona rural por causa da seca, são dados do
ultimo sendo. O abando do campo se deve principalmente,
pela pouca condição de convivência com a seca que embora seja um fenômeno natural, pouco o governo faz para
minimizar a calamitosa situação o que não deveria, um fato que ainda surpreende a muitos. Mas, no entanto
poucas sabem que essa situação no século atual com a conivência das autoridades
e na verdade um crime contra os nordestinos.
2010-2016
Entre 2010 e 2016 o Nordeste enfrentou outro período de chuvas irregulares. O ano de 2010 foi seco,
com quebra de safra. Mas os reservatórios estavam cheios, devido aos dois anos chuvosos anteriores,
de modo que não foi um grande problema no tocante ao abastecimento d´água. A quadra chuvosa
do ano de 2011 foi de chuvas em torno da média: embora não tenha havido acumulação de água,
houve produção agrícola em abundância. Em consequência, as pessoas conseguiram viver de suas
atividades. Contudo, a partir de 2012 até 2015, a região enfrentou um caso de secas plurianuais.
O ano de 2015 foi o quarto de secas consecutivas. Isso é muito grave, porque, além das perdas nas
atividades agrícolas, os reservatórios pequenos e médios, e mesmo alguns grandes, secaram. Está
cada vez mais longe conseguir água para transportar nos carros-pipas. Muitas cidades rurais, que
são sedes de municipalidades ou de distritos, ficaram sem água e sem fontes alternativas. Garantir
o abastecimento adequado de água foi o maior desafio para o enfrentamento desta seca.
Essa seca 2012 terminou com grande prejuízo para os criadores do Nordeste, segundo os dados da pesquisa Produção da Pecuária Municipal, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), divulgada na última semana do ano dava conta de que a região perdeu 4 milhões de animais. Acredita-se que esse numero poderá dobra em 2013.
O nordeste brasileiro
enfrenta no atual século XXI um novo ciclo de seca que vem ocorrendo desde as últimas chuvas de inverno regular ocorrido em 2009. Porém tem ocorrido um nova irregularidade na dinâmica das massas de ar que atuam no nordeste semiárido, de modo que ocorrendo um novo ciclo de seca, esse último e atual que se iniciou em 2010 e se estende até o presente ano de 2016, vindo a constituir não temporalidade mas no grau de sequidão como a maior seca dos últimos 50 anos em
termos quantitativos de pessoas afetadas, são de 1.400 municípios afetados, e matando cerca de 10 milhões de cabeças de gado. Por ironia com é
de costume sempre anunciada pelo Governo brasileiro. A seca deste ano já é
pior do que a do ano passado.
Oficialmente
o numero é 1421, mas segundo levantamento realizado pelo UOL
com as defesas civis estaduais, até a terça-feira (22/11/2013), o numero
apontava para 1.794 municípios nordestinos que já tinham confirmado o estado de
emergência, o que representa mais da metade do total de cidades. O número ainda
pode crescer, já que alguns Estados ainda estão recebendo decretos das
prefeituras.
Seca de 2014 no Semiárido
|
Estado
|
População
|
Municípios
|
% do Estado
|
Alagoas
|
458.042
|
59
|
58,7
|
Bahia
|
2.917.684
|
276
|
90,5
|
Ceara
|
1.995.939
|
177
|
96,0
|
Paraíba
|
918.666
|
202
|
90,5
|
Pernambuco
|
1.281.618
|
130
|
70,2
|
Piaui
|
1.192.344
|
211
|
94,1
|
R.G.do Norte
|
500.000
|
160
|
95,8
|
Sergipe
|
104.006
|
41
|
54,6
|
Maranhão
|
326.683
|
76
|
35,0
|
Minas Gerais
|
300.000
|
89
|
-
|
Total
|
10.046.982
|
1.421
|
-
|
FONTES**:
Uol.COM; EM.COM;
ONU.cOM; Blog do Jamildo; Agencia Brasil;R7;Blog do José Cruz. Figuras: portinari.org.br. Dados não atualizados (Falta inserir dados de 2015, 2016).
ALBUQUERQUE JR., D. M.. A invenção do Nordeste e outras artes. 4. ed. São Paulo: Cortez,
2009 [1994].
AB'SABER, A.N.No dominios das Caaatingas. livro arte, Rio de Janeiro-RJ.1994/95.
D.N.O.C.S. http://www.dnocs.gov.br
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CARDIM. livro com notas de Caetano, Capistrano de Abreu e Rodolfo Garcia disponível em <www.brasiliana.usp.br>
Centro de Gestão e Estudos Estratégicos; Banco Mundial, 2016. Secas no Brasil: política e gestão proativas – Brasília: -
CAMPOS,J.N.B Secas e políticas públicas no semiárido: ideias, pensadores e períodos-
Programa de Recursos Hídricos, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza/CE, Brasil.
ROCHA, L.M. Russas Sua Origem, Sua Gente, Sua História. Recife-PE.
FALAS do trono. Brasiliense, São Paulo, 1977. [IMPÉRIO]
JATOBÁ,L; SILVA,A.F. O Nordeste Brasileiro A Convivência com a Seca, Recife, Bagaço, 2015.
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO,Secretaria de Política Agrícola, Departamento de Economia Agrícola, Coordenação-Geral de Estudos e Informações Agropecuárias Informativo sobre a Estiagem no Nordeste - nº 30 28/02/2013.
REVISTA SUPERINTERESSANTE - Os 10 maiores períodos de seca no Brasil. Super 19 de agosto de 2014 por Luiza Antunes.
GODOY, JOSÉ HENRIQUE. Os Nordestes de Freyre e Furtador- A seca de 32 . Política & Sociedade - Florianópolis - Vol. 12 - Nº 24 - Mai./Ago. de 2013 61 – 88 61.José Henrique Artigas de odoy2:professorfranciscomello.blogspot.com.b